sexta-feira, 4 de julho de 2008

Meu apocalipse

A Luz e as trevas lutam dentro de todos
e essa é a batalha apocaliptica
que todos tem que enfrentar.
o fim do mundo está dentro de cada um.
o bem e o mal em mim lutam
com bombas atômicas e armas biológicas,
com estratégias de propaganda e marketing,
mensagens subliminares, desejos e consumos.
anjos e demônios lutamnos céus da minha alma
e eu assisto ao caos da minha vida
pedindo força a cada dia
para que Miguel derrote meu dragão,
e que eu viva para sempre na Nova Jerusalém,
com minhas novas vestes brancas.
Mas o mal ainda está lá,
lançando mísseis, rajadas e granadas,
de efeito moral.
Visto minha armadura,
pego meu escudo da fé,
e ponho meu capacete da salvação
em minha cabeça em destroços.
Acordo todos os dias
sabendo que a luta vai começar,
e que o leão anda em derredor.
Infelismente nem sempre venço a batalha.
Mas não posso desistir
pois minha vida está em jogo,
não esta, a eterna...Sofro todos os dias
vendo as baixas desta guerra,
observando o espaço que o inimigo
ganha a cada dia
e quão perdidos estão
os soldados de ninguém,
que não sabem que lutam,
todo dia sem saber para quem.
Mas sei quem vence no final,
e oro para que o amor vença,
esse apocalipse em mim.

Peterson Alves Cabral
16/06/08

Senhor(a), o que é Amor?



“ E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” Mateus 24, 12:13

Vivemos em mundo que caminha cada vez mais rápido para a solidão e para o individualismo, um mundo onde o egoísmo impera a cada dia e onde os indivíduos buscam seus próprios interesses desprezando a opinião alheia e pouco se importando se suas ações afetarão ou não os seus próximos. A sede de poder e a necessidade da vitória que possa ser mostrada como um troféu e como objetivo de inveja de seus semelhantes tornam as pessoas cada vez mais frias e mecânicas, menos tolerantes e impacientes, ansiosas por resultados imediatos. Os casamentos estatisticamente não passam de dez anos e as taxas de divórcio crescem rapidamente. As pessoas se casam e esperam serem felizes sempre e rapidamente e se isso não acontece segundo suas expectativas, dissolvem a união e tentam várias vezes como empresários em suas várias empresas e empreendimentos. As estatísticas sobre o número de casamentos apontam que as pessoas cada vez mais desacreditam desta instituição familiar. Temem se casar, pois já pensam na separação e suas conseqüências financeiras, advogados se especializam em divórcio e enriquecem rapidamente como abutres que se alimentam dos restos mortais de outros seres vivos.
Estamos numa era onde todos estão simultaneamente mais perto e ao mesmo tempo distantes umas das outras, os celulares e a Internet afastam mais que aproximam as pessoas e essas tendem a acabar se relacionando mais com aparelhos eletrônicos do que com outros seres humanos. Culminamos a ponto de o sentimento e o sentimentalismo ser considerado uma fraqueza abominável entre as pessoas. Visto o caso dos “Emos”, grupo de pessoas consideradas desprezíveis por seu apelo sentimental, por serem considerados chorões, são acusados por demonstrarem suas emoções em excesso, por expressarem seu amor por outra pessoa ou sua insatisfação com o mundo caótico em que vivemos. São uma minoria que é sufocada pelo sistema de negação da emoção em detrimento da razão materialista. Não defendo a atitude extremista dos Emos, mas esse grupo, que é uma revisitação das antigos góticos e aos poetas românticos, que viviam suas emoções intensamente e morriam jovens devido aos excessos, mas esses movimentos me fazem pensar onde vai parar uma sociedade que considera o sentimento uma fraqueza, e as emoções uma coisa desprezível. Onde os fortes são os implacáveis, que passam por cima de tudo e todos sem pensar, que vivem a sangue frio. Penso que devemos refletir sobre os valores impostos em nossa sociedade de aparências e fugacidade, para que não acabemos dependendo de bombas eletrônicas para bombearmos nosso sangue. Para que os sentimentos não se atrofiem no peito e nos peguemos sem saber o que responder, num futuro próximo, quando um de nossos filhos de laboratório nos perguntarem: Senhor(a), o que é amor?

Peterson Alves Cabral
Professor e Escritor.
20/06/08

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Gritei seu nome

Amor, quantas vezes já gritei seu nome,
pra ver se pelo menos sua alma ouvia.
sentisse o doce amargo dessa fome,
e pensasse em mim e em talvez um dia...

Compartilhar os sonhos e juntar os lábios,
numa canção sem notas feita de alegria,
carinhos e abraços e suspiros roucos.

Amor, quantas vezes já sonhei contigo,
e como me lembro daquele sorriso,
não quero te ouvir me chamar de amigo,
e o seu amor é tudo o que preciso.

Compartilhar os lábios e juntar os sonhos,
numa canção composta de nossa harmonia,
carícias e desejos de suspiros loucos.

Amor, quantas vezes já te vi me olhando,
sem poder ao menos te dizer querida,
que a cada olhar meu peito vivia queimando,
e que você é tudo o que eu quis na vida.

Pra compartilhar suspiros e juntar abraços,
numa canção de lábios fazendo carinho,
em harmonia com todos os nossos sonhos loucos...

Amor, quantas vezes já gritei seu nome,
pra ver se pelo menos sua alma ouvia...

26/04/08

quarta-feira, 12 de março de 2008

ESCOLINHA DO CRIME


Essa semana, uma hora qualquer no serviço, fazendo minha ronda virtual pelos melhores jornais e portais de informação, como faço diariamente quando me sobra, ou não, um tempinho livre, me pego lendo uma noticia que até agora não consegui fazer com que descesse por minha garganta. A manchete era “Menino de três anos preso com arma de fogo... os pais estão foragidos e serão acusados de...” Minha filha mais velha, Alanis, completa três anos dia quinze agora e não consigo imaginar um anjo desses, como a minha princesinha, empunhando um trinta e oito que aparentemente seria até pesado demais para sua condição de recém saída das fraldas. Mas a noticia estava lá e eu a estava lendo, e o pior é que o fato realmente ocorreu. Comparando com outras manchetes como “Aluna ateia fogo em estudante de quatorze anos em frente ao colégio” fico pensando o que será de minhas filhas, Alanis fará três e Sofia tem dois aninhos, no futuro próximo e infelizmente não promissor, creio que além de mim, vários pais andam preocupados com o futuro dos filhos, pois, não há mais garantias de uma vida saudável, pois a educação escolar somente já não dá garantias num mundo onde os pais jogam toda a responsabilidade da educação dos filhos nas mãos de profissionais desmotivados e desvalorizados pela sociedade, como se educar os filhos, fosse o pior trabalho possível, uma missão impossível, perante a qual todos lavam suas mãos. Temo o futuro que nasce de um presente onde ao caminhar tranquilamente pela rua voltando cansado do trabalho, me deparo com um lindo menininho com uma mão para trás e uma chupeta na boca, e ao me voltar para perguntar sobre seus pais, ele tira das costas um trinta e oito carregado e com a outra mão retira a chupeta da boquinha e apontando o revólver para mim diz em tom ameaçador: “Pedeu, tio, pedeu!

Peter Cabral

segunda-feira, 10 de março de 2008

Eco do meu ser

Estou perdido dentro de mim,
Entre a neblina e a fumaça um véu,
Que cobre o meu rosto,
E um olhar na escuridão,
Que mesmo me fitando ao longe,
Sinto como se fosse meu.
Estou entre dois mundos,
O gemido da angústia,
Já ultrapassa as barreiras do infinito,
E os universos dentro de mim me confundem.
A neblina já me faz perder a visão,
E de tanto me confundir
Já entrei numa imensa ilusão de versos e universos,
E paralelamente inverso é o gesto,
Que do conflito resultante ocasiona,
No labirinto incerto do existir.
O grito que sai do meu eu,
A beira do abismo,
Causando o eco do meu ser.

Peter e Tati Cabral 09/03/08

sexta-feira, 7 de março de 2008

Sofia Beatriz




Ha exatamente dois anos nascia Sofia Beatriz, minha pequena princesa, inteligente, lindinha e muito bagunceira, atualmente conhecida como Bia, adoro quando ela me chama de painha sem ninguem nunca dizer isso e amo quando ela dia AMA PAPAI, obrigado Jesus pela sua saude e pelas alegrias que ela nos proporciona. Por isso e por tudo te louvo e te agradeco do fundo de minh alma. Obrigado meu Deus e parabens Sofia!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Quando te vejo.



Vou te dizer meu desejo,
O que vejo quando te vejo.

Eu vejo o sol nascendo,
Sempre que sorri pra mim.
Ondas nos seus olhos batendo,
Na minha praia sem fim.
Uma cachoeira de luz caindo,
Pelo seu pescoço,
Acariciando suas costas.
Vejo uma obra de arte perfeita.
Uma escultura celeste, feita de carne e alma.
Vejo uma estrela dançando,
Com gesto luminoso
E uma criança brincando
E pulando nos seus olhos.
Vejo uma deusa grega
Um anjo de asas ocultas
Que voa baixo...
De coração em coração.


15/01/01

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

OS VIZINHOS DORMEM



Uma da manhã.

Vira, vira, vira! Vai lá cara, pega ela! Olha aquele cara, que lindo! Hei, alguém viu meu copo? Ow, passa a carne ae! Quem quer caipirinha? Quem vai querer? Hei, alguém viu meu namorado? Vixi, ele vai vomitar cara, tira ele daí! Pô meu deixa a música toca até o final!
A música. Estava alta. Jovens são meio surdos, ele sabe, nunca ouviu direito os conselhos dos mais velhos, e agora ele sabe que quase sempre estão certos. Mas essa música está alta demais. Pensava. Pensava. Pensava. Não conseguia dormir. As vozes em sua cabeça, vindas da festa que acontecia na casa ao lado. Ainda é sexta, ele pensava, será que ninguém sabe que se trabalha no sábado?

Duas da manhã.

Ai, para! Para, ai não! Alguém pode ver seu louco! Tira a mão daí! I can´t get no, satisfaction! I can´t get no, satisfaction! Uhhhuuuuu! Vira! Vira! Vira! Ow, o cara quebro o copo meu, kkkkkkkkkkkk! Enche o meu aqui! Enche meu copo ae, valeu! Ow, vira a carne ae! Meu você viu aquela, que que é aquilo cara? Truco! Seis maluco!
A policia. Tenho que chamar a policia. Não tem jeito. É falta de respeito. Amor! Amor! Então dorme. Pra você parece fácil. Como você consegue? Vou lá. Não. Se eu for lá vou perder a cabeça e acabar fazendo besteira. Não vou. Isso é caso de policia.

Três da manhã.

Ow, para de bater no cara meu! É preciso amaraaaa as pessoas, como se não houvesse amanhã, por que se você paraaaaaar pra pensar, na verdade não háháhá! Acho melhor você para de beber, num quero levar ninguém pra Santa Casa não hein! Uhhhhhhuuuuuu! Truco! São crianças como você, o que você vai ser quando você crescer...
Não dá, não dá! Preciso de um comprimido. Vou ligar pra policia, eles vão ter que dar um jeito nisso! Cadê a porra do celular?! Peraí, caralho, caiu. Ae, como é o número mesmo? Nunca liguei. 190 acho que é isso!





Na delegacia.

Tropa de Elite osso duro de roer, pega um pega geral também vai pega você! Pede pra sair zero um! Pede pra sair zero um! Cara esse filme é bom hein! Lá deve ser assim mesmo! Se aqui já acontece cada coisa, imagina lá? É foda! Uma guerra mesmo, eu queria ta lá, ia mete pipoco também, num ia pensa não. É você ou eles e eu prefiro eu!
Tuuuuuuuuuuuum! Tummmmmmmm, Tummmmmmmmm! Tuummmmmmmmmmmmm! Porra meu, no meio do filme! Não atende Oliveira! Não atende! Deve ser trote ou alguma briga de mano.Vamo vê o filme. Cadê o vapor? Cadê o vapor? Eu sou estudante! Eu sou estudante. Tummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

Enquanto Marcelo ouvia o toque longe do telefone cada vez mais fundo e aquele som entediante o amortecia, como que num vórtice espaço temporal dos sonhos lúcidos, fora transportado ao passado remoto sem controle.

Três e meia da manhã.

Marcelo! Marcelo! Pega a cerveja ae do seu lado! Traz aqui! Era Paulo, seu amigo, uns quinze anos mais novo, o chamando para uma outra mesa da festa que estava rolando na casa da Vanessa. O Luciano e o Beto estavam jogando truco contra o Dú e o Artur e as meninas estavam todas lá, a Lú, a Lalá, a Josi, a Rê, a Sâmara e a Francis... Tinha uma galera enorme, tinha gente até em cima do telhado, literalmente. Pelos quartos, e quatro cantos da casa. In the name of Love! In the of love! Rolava um U2 no novíssimos aparelho 4x1 com cd. Renato Cordeiro declamava um poema concreto enquanto o Beto gritava seis. Marcelo estava em 1993.
Hei! Hei! Vamo lá! Vamo tira uma foto lá no telhado! Vamo! Vamo lá! Ow cuidado ae Robinho você vai cair ai! Marcelo tentou avisar o amigo que acabou atravessando o telhado e caindo praticamente dentro da cozinha em cima de um espeto, por sorte o espeto assa e passa bem.
I don´t want to be berry, in a pet cemitery! I don´t want to live my life again. Oh no! no no no no! Marcelo curtia um Ramones enquanto não conseguia disfarçar que estava louco pra beijar a Lú, que apenas olhava de relance e dava aquele sorrisinho que ele nunca conseguia saber o que queria dizer, às vezes parecia dizer, ai como você é bobo! E às vezes: Também quero você, sabia? A verdade é que até hoje não conseguira tirar a dúvida.
Oi Lú e as poesias ainda escreve? Desculpa aquele dia que eu achei e li eles na sua casa, ta sei que você... É eu num gosto, tenho vergonha! Mas tudo bem. Mas e ai você ainda escreve? Ah, às vezes, quando eu tô triste sei lá, gosto de desabafar no papel. Sei como é, mas eu prefiro andar de skate, hehe , to zuando! Você tá linda hoje sabia? Para seu tonto! Eu num gosto! Não gosta de quê? De elogio? É, sei lá não me sinto bem, até arrepia! Mas você é linda, devia se acostumar! Olha ai, de novo! Tá bom, eu paro! Quer beber alguma coisa, quer uma beer? Ou um vinho? Vinho! Beleza, vou buscar. I don´t care if Mondays blue, Tuesday great and Wednesday too... ´cos Friday i´m in love...

Quatro e meia da manhã.

Quer mais vinho? Não...bem... quero, sei lá, acho que já tô ruim, num sei, não... dá mais, ainda tô bem, e como dizem, se fosse pra eu ficar boa, tomava remédio! Essa foi boa, você é fogo, é por isso que eu sou louco por você! O quê? Chega o Zé. UhhhhU! Toma ae! Toma ae! Vê se ta boa essa caipira! Marcelo se aborreceu por um instante mas o sorriso da Lú era como o horizonte ao amanhecer, hipnotizante, capaz de fazer esquecer qualquer coisa.
O seu sorriso tem o brilho de mil sóis ao amanhecer... Luana para súbita e completamente por um instante imperceptível e sente o calor desses sóis subindo pelo seu corpo e ao mesmo tempo um frio descia pela sua espinha e o encontro dessas sensações foi boa.
Obrigada, mas acho que conheço essa! Sorri enquanto brinca. É sua. Li num poema aquele dia. Me veio na cabeça agora. Mas é verdade. Para. Entendi. Sabia que tem um ditado que diz que as árvores não se orgulham quando suas folhas crescem nem se entristecem quando suas folhas caem.

Cinco e quarenta e cinco.

Meu, levaram o Ricardo pra Santa Casa toma glicose! KKK! O cara tava ruim cara! Vômito um monte! O cara num agüenta nada mesmo! Ainda tem uma caixa pra toma e o cara já era! Beber até morrer. Será essa a solução! ... O que é que fiz para merecer isso!uhghg dizia João Gordo dos Ratos de Porão.
Olha lá Rê, eu que queria ficar com o Marcelo hoje, faz tempo que quero e nunca dá certo, hoje que eu achei que ia ela aparece e ele fica lá todo bobão em cima dela. Vo fica com o Paulo só pra provocar!Para com isso menina, vamos dançar que a noite é uma criança e eu sou o seu brinquedo, não sou eu que durmo tarde é o sol que nasce mais cedo. Legal essa, já tinha ouvido.
Marcelo, acho que eu vo embora, tá tarde já, ou melhor, cedo né? Tenho que chegar logo em casa senão to morta. Então, acho que vo também, qué uma carona no meu skate? Não, rs, prefiro ir andando mesmo, você num ta em condição de dirigir nem um skate... olha que eu dou um impossible reverse hein. Ta bom, eu acredito. Vamo então, vo da tchau pras meninas. Ow, to indo aí, o Marcelo vai comigo. Ahn, agora a gente sabe por que ela não chamou a gente né? Não tem nada a ver. A gente sabe.

Depois das seis...

O oposto do crepúsculo anunciava a aurora no entanto as estrelas ainda brilhavam no alto e a Lua ansiosa sorria esperando pelo Sol.
O caminho era longo e os passos eram lentos, ambos sabiam que não queriam chegar em nenhum lugar, ao não ser um no outro, mas ninguém chegava em ninguém. Olha o céu, ta bonito né? E Lú, ta bonito, mas é difícil olhar para estrelas com você por perto. Por quê? Nada não. E que você chama mais atenção. Obrigada mas não é verdade, vamo senta aqui na praça um pouco? Depois a gente continua, já ta tarde mesmo. Talvez a gente devesse ver o Sol nascer no Cristo! Legal, também curto ver o Sol no Cristo, vamos então? Vamos ta pertinho e o dia já está clareando. Dá a mão. A Lú sentiu um frio quente no peito e teve certeza de algo que não sabia o que mas era gostoso... Olha, vamos sentar lá nas cadeiras de balanço para ver o sol.
Enquanto balançavam Marcelo não parava de fazer brincadeirinhas e faze-la rir e a cada sorriso mais apaixonado ficava. Lú... O quê? Eles se levantaram enquanto o sol se erguia imponente no céu e ele a abraçou determinadamente e colocando as mãos por trás de seu pescoço lhe olhava profundamente nos olhos... Posso? O quê? E rapidamente deu o beijo mais inesquecível de sua vida, o beijo certo, na pessoa certa, no lugar certo... perfeito, perfeito, perfeito... o quê? Nada... ou melhor, você! Eu sou louco por você sabia? Se soubesse a gente já tava junto faz tempo porque eu penso em você toda vez que eu respiro. Fica comigo? Mas a gente já não ta ficando? Pra sempre? Fico! E dois beijos se fundiram em um.

Três e vinte da manhã de hoje...

Décimo oitavo batalhão de polícia, boa noite! Em que podemos servi-lo?... Marcelo olhou para Lú ao seu lado e olhou para o céu que não podia ver mas sabia que estava lá e pensou enquanto desligava o telefone..Alô! Alô! Porra cara ainda por cima é trote! Que deviam ver o nascer do Sol no Cristo um dia desses, apesar de saber que ela provavelmente acharia uma loucura. Amor que que foi? Nada amor, pode dormir, te amo! Disse enquanto lhe passava os dedos pelos cabelos e lhe beijava suavemente a testa.
Enquanto isso na casa ao lado, alguns dos rapazes faziam bagunça bebendo e gritando e rindo na frente da casa enquanto alguém diz.
Pô meu, mais baixo ae, os vizinhos dormem...